Pensar faz bem.

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Leitura, uma chave pra muitas portas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

APÓLOGO DO LÁPIS E A BORRACHA

       Na mesa de uma biblioteca, dentre outros instrumentos de estudo, havia um lápis e uma borracha que disputavam muito entre si, para saber quem era o mais eficiente. O lápis se gabava para a borracha: "Eu sou o melhor, faço desenhos perfeitos, redações impecáveis, tudo graças ao meu talento." "É, mas sou eu quem apaga seus erros e borrões, que aliás, não são poucos. Se não fosse por mim, o seu trabalho não teria sucesso algum. ""Cara colega borracha, a sua função é secundária e portanto poderá ser dispensada facilmente.""Então acha que não tenho importância? Veremos isso em um momento de necessidade." O lápis ficou pensativo imaginando se a borracha se negaria a corrigir suas falhas dali em diante; mas o que aconteceu foi algo diferente. Uma noite o dono da biblioteca precisou escrever um carta, o lápis ia fazendo o seu trabalho, dando forma a cada palavra, até que houve o primeiro erro e a borracha foi usada. Antes mesmo de ser conduzida ao local do erro, propositadamente apagou duas linhas inteiras. O lápis percebendo a artimanha da colega começou a espalhar falhas por todo o texto, fazendo com que a borracha trabalhasse mais. E assim seguiram por toda a noite até que o lápis de tanto ser apontado ficou minúsculo e a borracha de tão gasta, já não servia para apagar. O autor da carta não pensou duas vezes, e jogou aqueles dois objetos inúteis no lixo. Na tentativa de se autoafirmar o lápis e a borracha destruiram um ao outro, bem como seu orgulho e arrogância foram parar onde tinham de estar: na lata do lixo.

                                                                                                   Joice Holanda Dias