Na mesa de uma biblioteca, dentre outros instrumentos de estudo, havia um lápis e uma borracha que disputavam muito entre si, para saber quem era o mais eficiente.
O lápis se gabava para a borracha:
"Eu sou o melhor, faço desenhos perfeitos, redações impecáveis, tudo graças ao meu talento."
"É, mas sou eu quem apaga seus erros e borrões, que aliás, não são poucos. Se não fosse por mim, o seu trabalho não teria sucesso algum.
""Cara colega borracha, a sua função é secundária e portanto poderá ser dispensada facilmente.""Então acha que não tenho importância?
Veremos isso em um momento de necessidade."
O lápis ficou pensativo imaginando se a borracha se negaria a corrigir suas falhas dali em diante; mas o que aconteceu foi algo diferente. Uma noite o dono da biblioteca precisou escrever um carta, o lápis ia fazendo o seu trabalho, dando forma a cada palavra, até que houve o primeiro erro e a borracha foi usada. Antes mesmo de ser conduzida ao local do erro, propositadamente apagou duas linhas inteiras. O lápis percebendo a artimanha da colega começou a espalhar falhas por todo o texto, fazendo com que a borracha trabalhasse mais. E assim seguiram por toda a noite até que o lápis de tanto ser apontado ficou minúsculo e a borracha de tão gasta, já não servia para apagar. O autor da carta não pensou duas vezes, e jogou aqueles dois objetos inúteis no lixo. Na tentativa de se autoafirmar o lápis e a borracha destruiram um ao outro, bem como seu orgulho e arrogância foram parar onde tinham de estar: na lata do lixo.