Pensar faz bem.

Pensar faz bem.
Leitura, uma chave pra muitas portas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

        O voto é a arma mais poderosa dentro do processo democrático. Mas será que a maioria está usando esta arma adequadamente? Porque quando se atira pra qualquer lado, ou seja, para o lado que te oferece mais, o atirador vitimará a si e a sociedade de um modo geral. Estamos vivendo uma campanha eleitoral como tantas outras, e sem fazer muito esforço percebemos que este momento tão importante na vida de um país democrático, tem se transformado cada vez mais num jogo macabro entre miseráveis pedintes e corruptos sanguessugas famintos de poder e do dinheiro público. Não há dúvida que a liberdade proclamada pela democracia é o bem maior deste tipo de sistema, mas também é certo que a liberdade sem consciência proporcionalmente supera em pontos negativos, o benefício de se ter liberdade. Imagine só uma criança com 5 anos ser liberada pelos pais ou responsáveis para atravessar ruas, cuidar da própria vida e fazer tudo que só é permitido a pessoas maiores de idade. Nem é preciso contar o que aconteceria a esta criança, não é? Sendo assim, a democracia e o direito universal do voto deveria ser repensado e necessariamente tornar-se uma matéria trabalhada em casa e nas escolas. O nosso país se encontra nesta situação lamentável, com uma das desigualdades sociais maiores do mundo, e taxas elevadas de miséria e analfabetismo em razão de tantos votos impensados e inconscientes que acontece em cada eleição. Para piorar, ainda temos uma grande quantidade de políticos corruptos, aprendizes e doutores em corrupção, que colaboram para que este quadro degradável continue e se possível se perpetue para o bem estar deles e de toda sua geração. Antes que uma revolução sangrenta aconteça ou esta guerra civil não declarada nas cidades grandes se oficialize, (assaltos, assassinatos, guerra do tráfico) é preciso que providencias sejam tomadas; e como estas providências não virão daqueles que estão regendo o poder, que parta dos professores, da categoria pensante, das pessoas bem intencionadas de verdade, porque neste país ainda existe gente de caráter. Ensinemos o povo, organizemos o povo, ensinemos eles a ler e a escrever, e o voto terá muito mais chance de ter qualidade, porque nenhum político corrupto terá oportunidade de se candidatar.

José Holanda 25/09/2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

REFLEXÕES

Dez Coisas que Levei anos para Aprender


Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

VAMOS FALAR DE LEITURA   
   Olá meus amigos, estou como sempre, demorando um pouco a postar alguma coisa, mas como diz o ditado: antes tarde do que nunca. Pois bem, eu tenho andado atarefado procurando descobrir estratégias que possam fazer com que os estudantes da escola em que trabalho se interessem mais pelos estudos e principalmente desenvolvam habilidades e gosto pela leitura. Esta tarefa pode ser considerada dificílima, mas nunca impossível. E conforme venho pesquisando, vez por outra leio um texto que me deixa fascinado; como exemplo vou postar este de Lia Luft, uma crônica excelente. Vou postando-a por enquanto para que os leitores vão apreciando e posteriormente trarei os trabalhos que venho arquitetando para o que foi dito anteriormente. 
    Um abraço a todos.


BRASILEIRO NÃO GOSTA DE LER? - Lia Luft -
A meninada precisa ser seduzida. Ler pode ser divertido e interessante, pode entusiasmar, distrair e dar prazer. Não é a primeira vez que falo nesse assunto, o da quantidade assustadora de analfabetos deste nosso Brasil. Não sei bem a cifra oficial, e não acredito muito em cifras oficiais. Primeiro, precisa ser esclarecida a questão do que é analfabetismo. E, para mim, alfabetizado não é quem assina o nome, talvez embaixo de um documento, mas quem assina um documento que conseguiu ler e... entender. A imensa maioria dos ditos meramente alfabetizados não está nessa lista, portanto são analfabetos – um dado melancólico para qualquer país civilizado. Nem sempre um povo leitor interessa a um governo (falo de algum país ficcional), pois quem lê é informado, e vai votar com relativa lucidez. Ler e escrever faz parte de ser gente.Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça.E a escola não conseguiu estragar esse meu amor pelas histórias e pelas palavras. Digo isso com um pouco de ironia, mas sem nenhuma depreciação ao excelente colégio onde estudei, quando criança e adolescente, que muito me preparou para o mundo maior que eu conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 anos. Falo da impropriedade, que talvez exista até hoje (e que não era culpa das escolas, mas dos programas educacionais), de fazer adolescentes ler os clássicos brasileiros, os românticos, seja o que for, quando eles ainda nem têm o prazer da leitura. Qualquer menino ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e outros: vai achar enfadonho, não vai entender, não vai se entusiasmar. Para mim esses programas cometem um pecado básico e fatal, afastando da leitura estudantes ainda imaturos.Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for.O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é ótimo, qualquer coisa que nos faça exercitar esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a gente aprende até sem sentir, cresce, fica mais poderoso e mais forte como indivíduo, mais integrado no mundo, mais curioso, mais ligado. Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar-se, e não só lá pelo ensino médio, como ainda ocorre. Os primeiros anos são fundamentais não apenas por serem os primeiros, mas por construírem a base do que seremos, faremos e aprenderemos depois. Ali nasce a atitude em relação ao nosso lugar no mundo, escolhas pessoais e profissionais, pela vida afora. Por isso, esses primeiros anos, em que se aprende a ler e a escrever, deviam ser estimulantes, firmes, fortes e eficientes (não perversamente severos). Já se faz um grande trabalho de leitura em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 9 ou 10 anos o aluno ainda não usa com naturalidade a língua materna, pouco se pode esperar. E não há como se queixar depois, com a eterna reclamação de que brasileiro não gosta de ler: essa porta nem lhe foi aberta.