Pensar faz bem.

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Leitura, uma chave pra muitas portas.

domingo, 23 de junho de 2013

Formação PBA



José Holanda

Formação  PBA (Programa Brasil Alfabetizado) na cidade de IBIARA-PB.


 Amanhã, fará uma semana que estive em Ibiara- PB com a colega professora Joana Machado para ministrarmos uma capacitação para um grupo de formandos do Programa Brasil Alfabetizado. Começamos nossa semana cedo, quer dizer, há uma semana estávamos planejando, pesquisando, elaborando atividades e estudando o passo a passo do trabalho. Então no dia 17 de Junho iniciamos na sala do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), com uma turma de 32 professores.

Joana Machado
No primeiro dia, como sempre, as expectativas estavam todas concentradas. Como seria a recepção? Como seria a interação e aceitação da turma? E foi acontecendo. Apresentamo-nos, anunciamos de forma sucinta a nossa metodologia e eles foram interagindo positivamente. De início introduzimos uma paródia que chamamos de “hino” e todos os dias ela era cantada por nós e pelos presentes. A paródia feita da música “É preciso saber viver” de Roberto Carlos, se transformou em: “Todos devem ler e escrever”. Abordamos a teoria da alfabetização proposta por Emília Ferreiro, sobre os níveis pré-silábico, silábico, silábico alfabético e alfabético. Cada tema era contextualizado com uma atividade e entre os intervalos das leituras teóricas praticávamos alguma dinâmica para que o cansaço mental se dissipasse. Aos poucos íamos conhecendo mais e mais o grupo, e no terceiro dia já conhecíamos a maioria e o potencial de cada um deles. Procuramos enfatizar essencialmente o lado emocional que move a relação entre professores de EJA e os seus estudantes, fato que nos fez refletir como bem assimilado. Encerrado o dia, planejávamos mais umas duas horas e acertávamos o que seria trabalhado no dia seguinte. Assim as coisas foram fluindo e chegamos à sexta-feira, último dia da formação, com um grupo unido, interessado, interagindo sempre e mostrando satisfação com os trabalhos. Sentimo-nos gratos, conforme conversei com a colega Joana Machado e acreditamos ter dado nossa contribuição de forma prazerosa. A avaliação feita pelo grupo deixou transparecer que cumprimos bem o nosso objetivo. Considerei esta experiência enriquecedora, e espero ter a oportunidade de vivenciá-la novamente com este, ou outro tipo de trabalho similar e se possível sempre com estudantes “alunos”, professores interessados, tais quais os que encontramos nesta formação na cidade de Ibiara-PB.


23/06/2013

PARÓDIA: Todos devem ler e escrever/ Música É preciso saber viver de R. Carlos/ Autoria: José Holanda




quarta-feira, 22 de maio de 2013

APÓLOGO DO LÁPIS E A BORRACHA

       Na mesa de uma biblioteca, dentre outros instrumentos de estudo, havia um lápis e uma borracha que disputavam muito entre si, para saber quem era o mais eficiente. O lápis se gabava para a borracha: "Eu sou o melhor, faço desenhos perfeitos, redações impecáveis, tudo graças ao meu talento." "É, mas sou eu quem apaga seus erros e borrões, que aliás, não são poucos. Se não fosse por mim, o seu trabalho não teria sucesso algum. ""Cara colega borracha, a sua função é secundária e portanto poderá ser dispensada facilmente.""Então acha que não tenho importância? Veremos isso em um momento de necessidade." O lápis ficou pensativo imaginando se a borracha se negaria a corrigir suas falhas dali em diante; mas o que aconteceu foi algo diferente. Uma noite o dono da biblioteca precisou escrever um carta, o lápis ia fazendo o seu trabalho, dando forma a cada palavra, até que houve o primeiro erro e a borracha foi usada. Antes mesmo de ser conduzida ao local do erro, propositadamente apagou duas linhas inteiras. O lápis percebendo a artimanha da colega começou a espalhar falhas por todo o texto, fazendo com que a borracha trabalhasse mais. E assim seguiram por toda a noite até que o lápis de tanto ser apontado ficou minúsculo e a borracha de tão gasta, já não servia para apagar. O autor da carta não pensou duas vezes, e jogou aqueles dois objetos inúteis no lixo. Na tentativa de se autoafirmar o lápis e a borracha destruiram um ao outro, bem como seu orgulho e arrogância foram parar onde tinham de estar: na lata do lixo.

                                                                                                   Joice Holanda Dias